8 de março de 2012

MULHER

A mulher é a obra-prima do universo. As mulheres semeiam rosas celestes na carreira da nossa existência. Como o sol é o nosso ornamento do mundo, o ornamento da sua casa é a mulher.
Durante muito tempo os valores morais impostos ás mulheres dificultaram  a luta pelo direito de igualdade. Ao longo da história, elas foram subjugadas ás vontades dos homens e aos diversos modos de discriminações, mas se uniram para buscar seus direitos ao seu trabalho e á sua vida.
Este mês comemoramos o dia Internacional da Mulher, data lembrada pelo ápice da discriminação contra a classe feminina 8 de março de 1857,130 trabalhadoras de uma fábricas têxtil de Nova Iorque (EUA) foram queimadas vivas após reivindicarem os seus direitos.
No Brasil, na presidência de Getúlio Vargas, com a reforma da constituição em 1932, ganharam o direito de votar e cargos políticos dos poderes Executivo e Legislativo.
Outra conquista feminina a Lei Maria da Penha, em vigor desde 22 de setembro de 2006, garantindo punições, aqueles que praticarem violência domestica contra a mulher.
O espaço feminino na sociedade tem sido ocupado pela participação da mulher em todos os setores sociais. O Brasil teve a sua grande conquista no ano de 2011 uma presidenta Dilma Vana Rousseff. E esta conquista deve-se as mulheres porque soube realizar a liberdade da mulher.
Entretanto, o que temos hoje é o desafio de conciliar todos os afazeres e as obrigações familiares e sócias, e ainda encontrar tempo para ser feliz.
Uma mulher forte é de um valor excedente ao de todas as pedrarias do mundo.

Salete Fausto

19 de julho de 2011

Indicação

Indicamos para vocês, leitores, duas edições da Revista Caros Amigos. As duas edições (156 e 164), tratam questões relacionadas à mulher: a 156 faz uma reportagem sobre os 100 anos do Dia Internacional da Mulher, a 164 possui uma entrevista com Nalu Faria que fala sobre a luta das mulheres e a real questão aborto, vale a pena conferir (clique na edição para ler a revista):

Caros Amigos - Edição 156

Caros Amigos - Edição 164

15 de julho de 2011

Maria da Penha avalia em entrevista a aplicação da lei que leva o seu nome

Debora Pivotto - São Paulo, SP
Fonte: Profissão Reporter - Rede Globo.

Seu nome virou sinônimo de luta contra a violência doméstica. E não é para menos. Maria da Penha Maia Fernandes tentou durante quase 20 anos fazer com que o ex-marido, que a deixou numa cadeira de rodas depois de um tiro, fosse punido. E tudo o que conseguiu foi vê-lo ser julgado, condenado e sair em liberdade do fórum depois que os advogados entraram com recursos.

A frustração levou a farmacêutica cearense a começar uma segunda batalha. Desta vez, por uma legislação que protegesse a mulher contra agressões e punisse de verdade os homens que praticam violência dentro de casa. A vitória veio em agosto de 2006, quando foi sancionada a lei Maria da Penha, que criou mecanismos de proteção preventiva da vítima e pune os agressores com prisão – e não mais com penas alternativas como pagamento de cestas básicas e multas. Cinco anos depois, ela avalia os efeitos práticos da nova legislação e afirma que continua completamente engajada na luta pelos direitos da mulher.


Como você avalia a aplicação da lei nesses primeiros cinco anos?
Nos municípios onde a lei foi devidamente implementada, o número de denúncias aumentou muito porque as mulheres começaram a confiar nas instituições. Ou seja, onde foram criados os juizados de violência doméstica, as delegacias para a mulher, os centros de referência de atendimento à mulher em situação de violência e as “casas abrigo”, onde mulheres que correm risco de morte têm direito de permanecer com os filhos e ter acompanhamento psicológico, jurídico e social.

E onde existe essa estrutura no Brasil?

Infelizmente, ela está presente na maioria das capitais e algumas grandes cidades, mas o interior ainda é muito carente. Em muitos municípios não houve investimento ou tem problemas como delegacias da mulher que só funcionam de segunda a sexta. Se ela sofre agressão no fim de semana, a quem ela vai recorrer?

A implantação foi como você esperava?
Não. Eu não tinha idéia de que uma lei que veio para trazer a paz para sociedade fosse sofrer tanta resistência. Muitos advogados que defendem homens agressores tentam descaracterizar a lei. Pressionam com recursos alegando que ela é inconstitucional e isso atrasa muito os processos. Existem promotores e juízes que são contra a lei. Houve até o caso de um juiz de Sete Lagoas (MG) que não aplicava a lei e dizia que a mulher era diabólica. Ele foi até suspenso pelo Conselho Nacional de Justiça (Reveja o caso aqui)
Você faria alguma modificação na lei hoje?
Sim, mudaria o ponto que diz que a mulher pode desistir de processar o agressor perante o juiz. Acho que não deveria ter essa opção porque muitas desistem do processo porque estão sendo ameaçadas e não têm coragem de continuar. Se a mulher quer se reconciliar com o agressor, é um problema dela. Mas o Estado deveria cumprir o seu papel e levar o processo até o fim.

Dar nome à lei é uma grande responsabilidade?
Sim e muito compromisso também. Não adianta ter o nome na lei e não estar na batalha. As mulheres se encorajam com as minhas ações e se apropriam do meu discurso. Elas me procuram em todo lugar para falar de suas experiências. Outro dia, em Goiânia, uma senhora veio até mim e falou “hoje eu sou feliz graças a você”. E eu falei que não era graças a mim, mas a ela, que teve força para querer sair de uma situação de violência.

Como você se sente ao ouvir esses depoimentos?
Fico emocionada. É muito bom ver que as mulheres encontraram um caminho. E quem consegue sair do ciclo da violência, ajuda outras pessoas a saírem.

Como ficou sua rotina de trabalho depois que a lei entrou em vigor?
Quando não estou viajando, estou atendendo jornalistas, fazendo ligações e trabalhado no Instituto Maria da Penha . Realmente o meu compromisso com a causa é muito grande, mas estou sendo muito requisitada.

É um trabalho pesado às vezes?
Sim, é pesado. Eu não tenho tempo para a minha vida pessoal. Por exemplo, semana passada, eu fiz três viagens. Saí de casa na segunda e voltei domingo à noite. Estou sempre ocupada com palestras, depoimentos e outras atividades. Só recuso uma colaboração com a causa quando realmente não dá.

Vale a pena toda essa luta?
Só vale. Nunca pensei que eu fosse alcançar um objetivo tão nobre como o de resolver não o meu problema, mas de todas as mulheres que sofrem violência no Brasil. Quando nossas filhas e netas casarem, se Deus quiser, elas já encontrarão uma lei mais consolidada. E homens e mulheres estarão cientes de que o tratamento do casal deve ser respeitoso.