6 de novembro de 2010

Poesia: Mulher



Mulher
por Profa. Gislene Camargo (UNEB - Campus XX)

“Fruto celeste, símbolo do acolhimento;
Mulher – flor perfumosa, colorida
Nas diversas matizes de teu papel.
Adorada, endeusada, desprezada, aviltada...
Ocupas solenemente o leito do riso
Ou da dor que te doa a vida.

Mãe, esposa – responsabilidade
Proteção, esteio do lar
Trilha do bem viver.
Ai de ti se falhares...
Em tuas mãos dorme o incógnito
Futuro das tenra humanidade.

Profissional... terás eterna cobrança;
Tens de ser perfeita”
Afinal, és  tão delicada, mimosa
Pronta pro lar. Transforma-te:
Rigidez, decisão, firmeza;
Não sem um leve toque de
Doçura e emoção.

Fidelidade, delicadeza e adoração
Exigidas serão de ti, doce amor secreto.
Tanta abnegação! Serás  consolo ao peso
Das imposições ? Amor ou vício?
Qual a mais escusa flor do pântano
Serás amada ocultamente
E amarás... silenciosamente!

Ai de ti, decaída moralmente,
Serás eterna nódoa social.
Pra quem provoca tua queda
Não há castigo, pobre mulher.
Ouviram-te o motivo? Não esperava!
A hipocrisia geme sob a  capa
Fétida da falsa virtude.

Ah! Mulher...
Vários teus  destinos no mundo;
Flor ou lodo. Perfume ou desamor
Não fazem de ti nada mais
Que um ser ansioso
Por devotação, oportunidade.
Tens força! Provado está pela vida.
És capaz de, da lama, subir aos céus,
Pois tuas nódoas e dores,
Dedicação e virtude
Alçam-te ao aperfeiçoamento.
E és apenas um ser humano,
Como o outro,
Digno de respeito e glória.”

1 comentários:

Paula disse...

Parabéns professora.

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